terça-feira, 15 de julho de 2008

Livre como um passarinho

(vou apresentar o que aconteceria caso eu fosse convidado de um talk show Português hoje à tarde)

Acabei hoje com os exames nacionais!

(aplausos do público, júlia pinheiro dá-me um beijo na boca e eu parto-lhe os dentes todos, mas mesmo assim continua a sorrir)

Esta louca demandada de horas de estudo na biblioteca municipal revelou-se útil hoje às 9 horas da manhã quando estava a receber o enunciado de exame!

(Júlia, limpando o sangue da boca, pula de alegria)

Infelizmente, o exames nacionais da actualidade revelam uma ambiguidade que me arrepia os pêlos púbicos!

(A gaja vem a tentar descobrir qual a área afectada pelo arrepio, e leva com outro sopapo na cabeça, ao que o púlico aplaude veementemente)

Ou seja, eu posso ter escrito 15 páginas das mais geniais frases que me ocorreram, e mesmo que elas sejam válidas para o tema em questão, podem não ser contabilizadas porque não são compreedidas nos critérios de correção.

(O púlico vaia o ministério de educação e Júlia Pinheiro vai buscar a ministra atada numa cadeira, enquanto o operador de camara liga a motoserra)

Será assim tão dificil passar de um sistema educativo que tenta forçosamente puxar o que não se sabe ao oposto daquilo que realemente se sabe? Custará tanto as perguntas deixarem a sua interpretação ambigua de dificuldades universitárias, e passarem a perguntas objectivas que realmente façam transparecer os conhecimentos do aluno a ser testado?
O que se tem passado ultimamente é o seguinte : o aluno é levado por uma ratoeira a responder algo correcto mas sobre o assunto errado, porque simplesmente não conseguiu interpretar correctamente a pergunta que lhe é formulada.
O que é que os sacanas fazem? Cortam tudo! Mesmo que o aluno saiba tudo sobre o assunto a que a pergunta realmente se referia.

(Júlia Pinheiro aproxima a ameaçadora motoserra à cabeça de Maria de Lurdes, enquanto esboça um sorriso desprovido da dentição básica, há minutos arrancada pela sola da minha sapatilha)

Vivemos num mundo onde nos avaliam pelo que nós mostramos saber e não pelo que nós sabemos realmente...

(Júlia esquece a motoserra, e começa em unissono com a ministra e o púlbico a chorar)

O que é que eu vou fazer...?

(aí entra a apresentadora com um sacao cheio de óleo Fula para me oferecer, como se isso me fosse ajudar em alguma coisa...

O programa acaba com uma demonstração sexual de BDSM entre Maria de Lurdes e Júlia Pinheiro, enquanto eu fujo como o diabo da cruz tentando pelo caminho que me leva à saida, matar o máximo de empregados da TVI no impeto de enterra-la mais no mercado do que os alunos portugueses na primeira fase do exame de Português)

3 comentários:

Anónimo disse...

O exame de Português mão estava tão mal formulado quanto isso, e lembra-te: Português é mais interpretação do que saber uma data de conceitos e como aplicá-los.
A única razão de queixa que pode haver é ter saído um excerto dos Lusíadas que muita gente não tinha dado no secundário, eu próprio não pegava nessa matéria desde o 9º ano.

Anónimo disse...

não* (linha 1) xD

Félix Ribeiro disse...

Eu estava a tentar englobar tudo, desde o exame de biologia e geologia, até ao de história. Tem sido uma constante.
Claro que quanto ao exame de português é realmente aplicável a ambiguidade às questões, afinal de contas a interpretação faz parte das áreas a serem avaliadas.
Quanto aos outros exames também se aplica um pouco, afinal de contas tudo na nossa vida futura vai ter uma certa quantidade de ambiguidade e vai ser realmente necessária uma certa capacidade de discernimento. Mas mesmo assim, isso é aplicável à avaliação de ensino superior.

Agora meus caros, vou para a praia.